Rota Judaica em Portugal, quando nasce Portugal em 1143, esta minoria já se encontrava disseminada em algumas localidades importantes como Santarém que possuía a mais antiga sinagoga com um crescimento da população judaica, favorecida com a necessidade de povoar a terra conquistada aos Mouros, sendo a sinagoga era a sede do governo da comuna.
No Séc. XIV cada comuna tinha uma ou mais judiarias, o rabi-mor tinha delegado seus, chamados ouvidores, nos principais centros judaicos do país: Porto (Região de Entre Douro e Minho); Torre de Moncorvo (Trás-os-Montes); Viseu (Beira); Covilhã (Beira/Serra da Estrela); Santarém (Estremadura); Évora (Alentejo) e Faro (Algarve), os ouvidores exerciam verdadeira jurisdição sobre todas as comunidades judaicas nacionais.
Portugal, conhecido por sua rica história e diversidade cultural, também tem uma herança judaica que remonta a séculos. A Rota Judaica em Portugal é uma jornada fascinante que permite explorar vestígios dessa herança, em locais históricos, sinagogas e bairros antigos. Ao longo dos anos, a comunidade judaica em Portugal desempenhou um papel significativo no desenvolvimento cultural, económico e social do país.
Rota Judaica em Portugal: Mistério, História e Tradição em Portugal!
A presença dos judeus em Portugal remonta ao período romano, mas foi durante a Idade Média que eles se estabeleceram de forma mais visível, especialmente em cidades como Lisboa, Porto, Coimbra e Évora. Durante os séculos XIII e XIV, os judeus em Portugal eram uma parte ativa da sociedade, contribuindo para o comércio, a medicina, e a educação. O Reino de Portugal era um local de relativa tolerância religiosa, e muitos judeus viveram pacificamente ao lado de cristãos e muçulmanos.
No entanto, a história dos judeus em Portugal teve um giro dramático durante o Reinado de Dom Manuel I, no século XV. Em 1496, o rei emitiu um decreto obrigando todos os judeus a converterem-se ao cristianismo ou a deixarem o país. Este evento marcou o início do Inquisição Portuguesa, que perseguiu e forçou muitos judeus a praticarem a sua fé em segredo. A conversão forçada de judeus levou à criação de uma nova classe, os marranos, judeus que se converteram ao cristianismo, mas que continuaram a seguir práticas judaicas em segredo.
A Rota Judaica em Portugal inclui várias sinagogas e locais de importância histórica, que representam a rica herança judaica do país. Uma das sinagogas mais importantes que continua de pé é a Sinagoga de Belmonte, situada na cidade de Belmonte, que é um dos últimos exemplos de uma sinagoga em funcionamento na região. Belmonte foi um dos poucos lugares em Portugal onde os judeus puderam continuar a praticar a sua fé em segredo durante a Inquisição.
Rota Judaica em Portugal: Mistério, História e Tradição em Portugal!
Em Tomar, a Sinagoga de Tomar, construída no século XV, é uma das mais antigas do país. Embora a sinagoga tenha sido abandonada durante a Inquisição, ela representa uma das primeiras construções judaicas em Portugal. Hoje, parte da sinagoga serve como um museu dedicado à história judaica, e o edifício é um local de memória.
A Rota Judaica em Portugal é uma excelente maneira de explorar a história e o património dos judeus no país. Os visitantes podem seguir este itinerário, que inclui as sinagogas, cemitérios judaicos e museus, além de cidades como Tomar, Belmonte, Coimbra, Lisboa e Porto, onde ainda se encontram vestígios da presença judaica.
Começamos por Lisboa, explorando a antiga Judiaria em Alfama, a parte mais antiga da cidade, repleta de ruelas que refletem a herança árabe. O Fado, a música típica de Portugal, nasceu neste bairro, carregado de saudade. Seguimos para o Castelo de São Jorge, um vestígio da civilização árabe, e depois visitamos a Catedral de Lisboa, de arquitetura românica, onde também está o local de nascimento de Santo António. Na Baixa, entendemos a importância da arquitetura Pombalina, que surgiu após o terramoto de 1755, com novas construções projetadas para resistir a futuros desastres. Cruzamos a Avenida da Liberdade até a Praça Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII, onde apreciamos a vista e discutimos a relação histórica entre Portugal e Inglaterra. Após o almoço, seguimos para Belém, um local emblemático da era dos Descobrimentos, onde visitaremos a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Padrão dos Descobrimentos, finalizando com uma degustação dos famosos pastéis de Belém. Além disso, podemos agendar uma visita à Sinagoga de Lisboa.
Saindo de Lisboa, vamos a Tomar para visitar a antiga Sinagoga, construída entre 1430 e 1460, a mais antiga de Portugal. Em seguida, conhecemos o Convento de Cristo, que começou como um castelo templário, representando a arquitetura militar medieval. Depois, em Castelo Branco, a Casa da Memória Judaica destaca a presença judaica na região e figuras históricas como Amato Lusitano. Finalmente, chegamos à Covilhã, onde a influência de judeus portugueses é notável, incluindo Pêro da Covilhã, que ajudou a traçar rotas para a Índia.
Começamos o dia em Belmonte, uma vila com uma importante herança judaica. Embora não se conheça muito sobre a presença inicial dos judeus na região, seu impacto na história é inegável, evidenciado pelos vestígios deixados. Em 1910, ao destruir a Igreja de S. Francisco, foi encontrada uma pedra da primeira sinagoga de Belmonte, datada de 1297. Isso indica que a comunidade judaica era significativa, justificando a necessidade de um local de culto. Visitaremos a Sinagoga e o Museu Judaico. Em seguida, continuamos a nossa rota para Guarda, onde a comunidade judaica foi uma das mais importantes e antigas do país.
Começamos o dia em Lamego, onde a comunidade judaica se estabeleceu entre o castelo e a Igreja de Santa Maria de Almacave desde o século XIV. No século seguinte, havia dois bairros judeus. Seguimos para o Vale do Douro, famoso pelo vinho do Porto. Visitaremos o Miradouro de Casal de Loivos para vistas deslumbrantes e a estação do Pinhão, conhecida pelos painéis de azulejos que retratam a produção do vinho. A região é Patrimônio da Humanidade desde 2001. Por fim, conheceremos uma Quinta para entender o processo de produção do vinho, desde o cultivo até a degustação.
Dia passado na cidade do Porto, que desde o início da nacionalidade portuguesa teve diversas judiarias. Em 1386, D. João I mandou concentrar os judeus no bairro do Olival, dentro das muralhas medievais. Começamos o nosso passeio pela Casa da Música, um anfiteatro de arquitetura moderna, e seguimos para Matosinhos e a Foz, onde vive a classe média-alta. Um local importante é o Museu do Holocausto, o único de seu tipo em Portugal e Espanha, que relata a passagem de muitos judeus pela cidade. Na Baixa do Porto, visitamos a Avenida dos Aliados, com a câmara municipal e a estátua de Dom Pedro I, e a bela Estação de São Bento, famosa pelos seus azulejos que contam a história de Portugal. A movimentada Rua de Santa Catarina abriga o Café Majestic, um icónico café da época da “Belle Époque”. Também visitaremos a Livraria Lello, famosa por sua beleza e por inspirar Harry Potter, seguida da Catedral do Porto e do Palácio da Bolsa. Após cruzar a Ponte de D. Luis, chegamos a Gaia, onde visitaremos uma cave de Vinho do Porto e o Mosteiro da Serra do Pilar, que oferece vistas deslumbrantes da cidade e da foz do rio Douro. Ainda há a opção, mediante reserva, de visitar a Sinagoga do Porto.
Saindo do Porto, seguimos para Aveiro, conhecida como a “Veneza Portuguesa”, famosa por seus canais que antigamente transportavam sal. Exploramos o centro histórico, repleto de edifícios em estilo Art Nouveau, incluindo o mercado projetado por Gustavo Eiffel. Teremos tempo para experimentar os tradicionais “ovos-moles” e, se desejado, fazer um passeio de barco moliceiro. Depois, chegamos à Nazaré, onde podemos ver a secagem de peixe na praia e as senhoras das “sete saias”. A Nazaré é famosa por suas ondas gigantes, especialmente após o recorde mundial quebrado em 2013 pelo surfista McNamara. Por fim, visitamos Óbidos, classificada como Património Mundial pela UNESCO, onde exploramos as suas estreitas ruas caiadas de branco. A vila, que foi um presente de D. Dinis para D. Isabel, tem uma rica história ligada aos Templários e à Casa das Rainhas.