Durante a era dos Descobrimentos em Portugal, os judeus constituíam uma minoria desde o final do Império Romano, crescendo gradualmente ao longo da Idade Média. A presença judaica era muito diversificada em Portugal, e as judiarias, graças à memória da toponímia urbana, eram comuns.
No entanto, as comunas na época dos Descobrimentos eram distintas das judiarias. Enquanto as judiarias eram os bairros onde os judeus inicialmente habitavam, misturados com os cristãos, as comunas eram entidades autónomas religiosas, administrativas, judiciais, fiscais e culturais, integrando várias judiarias, como em Lisboa.
A sinagoga servia como local de oração, câmara de vereação, tribunal e escola quando necessário. As liberdades, usos e costumes das comunas eram expressos nas cartas de privilégio, outorgadas a cada comunidade pelo soberano. Os judeus tornaram-se, direta ou indiretamente, os banqueiros da coroa, o que muitas vezes oprimia os pobres. A contribuição dos judeus, muçulmanos e cristãos para os Descobrimentos Portugueses é evidente, e essa diversidade de conhecimentos contribuiu para o sucesso das expedições
Muitos judeus foram batizados no Palácio dos Estaus, visando viajar e posteriormente retornar ao judaísmo, fugindo para a Turquia ou outras cidades italianas como Nápoles. O rei criou um dispositivo legal que os proibia de sair do reino, incentivando o casamento entre cristãos e cristãos-novos, extinguindo as judiarias e permitindo-lhes o acesso a cargos municipais.
O rei deixou de ser tolerante, caminhando para a unidade religiosa. A importância dos sefarditas que saíram de Portugal foi fundamental para a criação de Amesterdão e, posteriormente, Nova York. Esperamos que este artigo o tenha surpreendido positivamente sobre a importância dos judeus nos Descobrimentos Portugueses. Convidamos você conhecê-a-los melhor no nosso roteiro judaico e a tirar as suas dúvidas agora mesmo!