Um dos mais importante Papas, nasce aqui na Lusitânia, Dâmaso, é o papa que se segue, nasceu em território atualmente português, havendo quem defenda a hipótese de ter nascido mais especificamente na cidade de Guimarães ou em Idanha-a-Velha, à altura integrante do Império Romano. A sua época coincidiu com a ascensão de Constantino e a adopção do Cristianismo como religião oficial do Império Romano.
Em Outubro de 366, Dâmaso I conseguiu, após vencer em lutas sangrentas o seu concorrente Ursino, ocupar o trono papal, como podemos verificar, foram lutas pelo poder.
Foram necessários dois anos de lutas sangrentas e chacinas para que Dâmaso chegasse ao papado. As batalhas entre os bandos seguidores dos dois postulantes foram de tal violência que em um único dia de batalha foram recolhidos 137 mortos. Acusado por seus adversários de assassinato, Dâmaso teve que se defender perante um tribunal Imperial. Porém o imperador Valentiniano I apoiava Dâmaso e no ano de 378 ele foi absolvido, enquanto que o seu inimigo Ursino era desterrado.
Esse processo deu a Dâmaso I a oportunidade de ajustar as relações entre a justiça civil e a eclesiástica. O Estado passou a reconhecer oficialmente a competência da Igreja em matéria de fé e de moral, enquanto tomava a seu encargo a execução das sentenças ditadas pelo tribunal do episcopal.
Dâmaso foi um dos mais notáveis Papas do século IV, alem de ser considerado um assassino, e durante dois anos nada mais fez do que estando em guerra com o seu oponente, defendeu a Igreja de Roma contra eventuais cismas, enviando legados ao Primeiro Concílio de Constantinopla, e também foi um escritor de grande mérito, autor de valiosas epigramas e de importantes cartas sinodais. Alem disso encomendou a Jerónimo de Estridão a uma revisão da versão latina da Bíblia, a qual ficou conhecida como Vulgata Latina, até hoje uma das mais importantes traduções bíblicas.
Foi o primeiro Papa a usar o anel, não de casado, porque não estava autorizado a sê-lo, mas de pescador, sem sê-lo, com o símbolo de São Pedro, que ao contrário de hoje, era passado de pontífice para pontífice, assim que confirmada a sua morte, como símbolo de sua autoridade pastoral. O anel com a égide de Pedro do primeiro Papa, já não existe, pois foi destruído.